aeroporto de Carauari / Foto: Robson Froz |
Ao lado de outros aeroportos do interior do estado do Amazonas, o aeroporto de Carauari, há anos, encontra-se em situação de abandono e precariedade, consequência direta da falta de recursos financeiros para manter o funcionamento do local. Mas, essa é uma realidade que está com os dias contados. A empresa Air Amazônia, subsidiária da HRT, recebeu a concessão – por 20 anos – do aeroporto do município.
Criada para ser uma empresa de prestação de serviços aéreos, com o objetivo de apoiar as operações da HRT (companhia privada de exploração e produção de óleo e gás) na Bacia do Solimões, a Air Amazônia terá total direito de administração, operação, manutenção e exploração dos serviços do aeroporto de Carauari.
A lei que garantiu a concessão, sancionada recentemente pela prefeita em exercício, Antônia Suzy Barros de Lima, é um marco para a história do município, na avaliação do líder do governo na Câmara, vereador João Dantas, do PT.
“Nunca o projeto da construção de um novo aeroporto havia saído do papel. Esse é um sonho dos carauarienses”.
Pelas ruas da cidade, a notícia também recebeu aprovação máxima.
_ “Acho a ideia da construção de um novo aeroporto muito boa. Acredito que a empresa AIR AMAZÔNIA conseguirá tornar esse nosso sonho uma realidade”, disse Natalino Vieira, morador do bairro Nossa Senhora de Fátima.
_“Construir um aeroporto não é fácil, é necessário que haja recursos, é uma obra cara. As Prefeituras do interior não têm dinheiro suficiente para esse tipo de empreendimento. Quero Parabenizar a HRT e a AIR AMAZÔNIA,sua subsidiária, pela coragem e pelo investimento”, disse Miraldo Lobo, morador do Centro.
Anos atrás, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) chegou a suspender as operações do aeroporto de Carauari devido ao intenso número de urubus no local, o que colocava em risco os pousos e decolagens. Na época, a TRIP, empresa que operava o aeródromo, acabou cancelando suas atividades. Houve, no entanto, um trabalho sistemático e eficiente da Prefeitura para remover o lixão que existia na região. O risco acabou sendo mitigado e, hoje, a Air Amazônia prepara, estrategicamente, um plano de ação para as próximas duas décadas.
“ Planejamos a construção de uma nova pista, que terá uns 8 km de distância da cidade e cerca de 2 km de distância de Porto Gavião. Essa pista terá uma extensão que permitirá também a operação de jatos regionais da Air Amazônia e de outras companhias aéreas. Parcerias locais, para melhorias na infraestrutura e incentivo ao turismo, também estão sendo previstas”, conta Paulo Britto, diretor presidente da subsidiária da HRT.
Atualmente, a Air Amazônia opera com a frequência de três a quatro voos diários entre Manaus, Tefé e Carauari, localidades onde a HRT está trabalhando. A empresa ainda pode cobrir outros destinos e liberar assentos vagos para passageiros da região, atendendo a uma lacuna hoje existente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário