Maria Alsimar Marques da Silveira, em visita a Carauari sendo recebida por, Adalberto Celestino- Chefe de Gabinete, Antônia Suzy- Vice-prefeita,Hélio Souza- Secretário de Administração e José Arribamar - Secretário Particular
iniciou seus estudos em sua terra natal, transferindo-se em 1894 para Ipú, cidade cearense, onde completou o curso primário, passando ao secundário.
1898 com apenas 16 anos de idade, buscou as plagas amazônicas, à cata de aventura. Chegando ao Amazonas, internou-se nos seringais do Rio Juruá, onde, depois de alguns anos de lutas ingentes, em que sua fibra de moço e energia inquebrantável operaram milagres do sacrifício compensado, tornou-se comerciante e proprietário, sendo no ano, o maior proprietário do Município de Carauari.
Casado com a Exma. Sra. Maria do Carmo Campelo Marques, carauariense que sempre esteve ao seu lado nas labutas e ideais políticas, dessa união nasceram 06 filhos carauariense: DJANIRA MARQUES DA SILVEIRA CASTRO, WALDEMAR MARQUES DA SILVEIRA, NEUSA MARQUES DA SILVEIRA AMARAL, SILDOMAR NAZARETH MARQUES DA SILVEIRA, IGNÁCIO MARQUES DA SILVEIRA e ELSE MARQUES DA SILVEIRA .
Sua vida pública teve início com a nomeação, interina, para o cargo de Adjunto de Promotor, em 1903, no município de Tefé, a que pertencia naquele tempo Carauari, Delegado de Segurança, e Juiz de Direito como suplente, cargos honoríficos, sem remuneração. Com sua especialidade técnica a que sempre se dedicou: A várias modalidades comerciais, proprietário de grandes seringais numa extensão de cerca 1000 milhão de hectares, dedicou-se o informante das indústrias extrativas da goma-elástica, retirada das seringueiras, óleos vegetais, madeiras e frutas das região, criador de bovinos, cuidando ainda da cultura dos campos, já tendo tido sob á sua direção mais de mil homens trabalhando.
Em 1911 a frente do movimento colaborou na criação do Município de Xibauá, hoje Carauari, a qual deu origem à lei estadual nº 683, de 27 de setembro de 1911.
de 1904 a 1914, lhe foi confiada a Subdelegacia do Distrito a que pertenciam os seringais onde exercia as suas atividades. De 1914 a 1922 exerceu as funções de Juiz de Casamento na mesma região.
Em 1917 foi eleito Intendente Municipal (hoje Vereador) tendo sido guindado ao posto de Presidente da Câmara em pleito sucessivo durante 5 lustros. Ainda em 1917, esteve à frente dos destinos de Carauari, durante 4 meses, na qualidade de substituto eventual do Prefeito.
Foi presidente do Partido Socialista, único órgão político existente no Município.
Em 1929 exerceu as funções de 1º. Suplente de Juiz de Direito, durante 6 (seis) meses, por nomeação legal.
Publicou um Folheto “ AS DESORDENS EM CARAUARI” – onde registrou as ocorrências da Revolução de 1924 em que, como Prefeito, sofreu violências e ataques á mão armada, tendo dominado o MOVIMENTO.
Em 1923, teve o seu nome sufragado nas urnas, por unanimidade de eleito Prefeito de Carauari, permaneceu nesse cargo até 04 de abril de 1926, data em que passou o governo ao seu substituto nomeado Sr. Celino Meneses, continuando politico e dedicando-se sempre às suas atividades comerciais.
1930, por força do Ato Estadual nº 45, de 02 de novembro foi o Município de Carauari suprimido, perdendo sua autonomia e anexado a seu território ao de Tefé. Inconformado com este ato, baixado pelo então Interventor Dr. Álvaro Bo telho Maia, veio a Manaus, trazendo uma exposição assinada por ele e diversas pessoas influentes, da qual fez entrega ao Interventor e, graças aos bons ofícios dos: Dr. Pereira da Silva e Dr. Ruy Gama, Secretário Geral do Estado e Chefe da Casa Civil, respectivamente, conseguindo a restauração da autonomia do Município, sendo nessa ocasião nomeado Prefeito o seu genro (engenheiro agrônomo) Dr. Antônio José Augusto de Meneses Castro.
Em 1935 sua Exa. o Governador do Amazonas Dr. Álvaro Maia, em ato referendado a 25 de março nomeou-o Prefeito de Carauari, função nas quais permaneceu nomeado e posteriormente eleito, até 30 de abril de 1947.
Durante a sua última gestão edificou a Cidade de Carauari dotando-a de tudo o que hoje possui: diversos prédios públicos, de alvenaria, tais como: Edifício da Prefeitura, Grupo Escolar, Mercado, Delegacia de Policia, Cadeia, Coletoria, Estação de Radio, ruas bem traçadas e arborizadas, praças ajardinadas, luz elétrica, água encanada, estação telegráfica, serviço de alto-falante, 16 escolas no interior, assistência dentária à infância escolar, um necrotério de alvenaria, plaque amento das sepulturas e numeração.
Está a cidade dotada de uma Biblioteca, contando com mais de 2.000 volumes. Ainda com os seus esforços particulares e sob sua imediata direção foi construída uma bela Igreja que constituí num verdadeiro orgulho ao Município.
Como comerciante e seringalista construiu 02 (duas) residências particulares e diversas outras de sua propriedade,
Em 1942, foi distinguido com designação do seu nome para representante dos Municípios do Amazonas nas solenidades do Batismo da cidade de Goiânia.
Em 1950, representou o Município de Carauari no 1º. Congresso dos Municípios Brasileiros, em Quitandinha no Rio de Janeiro.
Em agosto de 1950, foi convidado pelo P.S.D. para integrar a chapa de Deputado que comporiam a atual Assembleia Legislativa, sendo eleito no pleito de 03 de outubro de 1950.
Com seus esforços junto aos poderes públicos, chegou a conclusão no Município de Carauari, o campo de pouso e uma estrada de rodagem com 14 km, já em tráfego. O Município já possui um trator e um caminhão.
Em 1952 na qualidade de Presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas representou esse poder no Congresso de Presidentes na cidade de Vitória Espirito Santo e em Cuiabá como devotado Sindicato dos Seringalistas representando esse sindicato naquela cidade.
Em virtude da ausência do Excelentíssimo Sr. Governador do Estado do Amazonas Dr. Álvaro Botelho Maia, , como exercia a Presidência da Assembleia Estadual, no dia 21 de julho de 1952, assumiu a o governo do Estado do Amazonas, cargo que exerceu sem isenção de ânimo partidário, fazendo valer sobretudo neste sodalício a alta expressão moral ao lado da fibra de espirito administrativo que lhe era peculiar, exercendo esse cargo até 18 de outubro de 1952, residindo no Palácio Rio Negro situado na avenida Sete de Setembro.
No ano de 1952, estando no governo do Estado do Amazonas, recebeu o Presidente da República Getúlio Vargas, desfilando pela cidade em carro aberto sendo aplaudido pelo povo. Existia uma semelhança física entre eles dois.
Em 03 de outubro de 1954 foi reeleito Deputado Estadual , na Assembleia Legislativa continua exercendo com denodo e capacidade, o cargo que o povo lhe confiou, cujo mandato terminou em 20 de dezembro de 1958.
No Município de Carauari terra que fez sua pelo coração, goza do mais alto conceito como politico, comerciante, seringalista, cidadão e chefe de família exemplar.
Maria Alsimar Marques da Silveira, neta de ALFREDO MARQUES DA SILVEIRA, tem guardado com muito carinho esta relíquia, documento que foi escrito pelo próprio avô, já com as folhas bem amareladas e gastas pelo tempo. Tem a honra de dar continuidade ao sobrenome Marques da Silveira.
Alsimar fala um pouco sobre seus tios e pais que foram também batalhadores para construir a cidade de Carauari.
Casado com a Exma. Sra. Maria do Carmo Campelo Marques, carauariense que sempre esteve ao seu lado nas labutas e ideais políticas, dessa união nasceram 06 filhos carauariense: DJANIRA MARQUES DA SILVEIRA CASTRO ( já falecida, morreu no Rio de Janeiro com 107 anos) foi casada com o Dr. Antônio de Meneses Castro (ex-Prefeito de Carauari) WALDEMAR MARQUES DA SILVEIRA (já falecido solteiro morreu no Rio de Janeiro) NEUSA MARQUES DA SILVEIRA AMARAL (já falecida morreu em Manaus) casada com Samuel do Amaral (ex-Prefeito de Carauari) dessa união nasceu um filho que foi Prefeito de Carauari Sr. José Alfredo Marques da Silveira Amaral), SILDOMAR NAZARETH MARQUES DA SILVEIRA (já falecido morreu com 90 anos) casado com Altiva Pessoa Marques da Silveira foi professora em Carauari, hoje com 93 anos quando nasceu em Carauari a cidade já existia há 07 anos) seu pai também seringalista Sr. Arcanjo de Araújo Pessoa, foi também comerciante, deixou de herança para suas 06 filhas dois seringais Idílio 5.202.757 há e Mucuim 4.773,67 ha, situado a margem esquerda do Rio Juruá, no Município de Carauari perfazendo um total de 9.976,431ha que até a data de hoje é explorado madeiras de lei. Residente em Brasília com sua filha Maria Alsimar Marques da Silveira Mello, a qual é procuradora das herdeiras estando passando uma temporada em Manaus para vender os respectivos seringais. IGNÁCIO MARQUES DA SILVEIRA (já falecido morreu no Rio de Janeiro) casado com Darcy Oliveira Silveira ELSE MARQUES DA SILVEIRA ( VIUVA com seus 95 anos vive no Rio de Janeiro, elegante e lúcida é poetisa e artista plástica, exercendo ainda essas profissões.